terça-feira, 22 de janeiro de 2013

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Planejamento Anual EJA





Disciplina: Língua Portuguesa.


Professor:


Objetivo geral: Estimular o aluno a desenvolver sua competência comunicativa, discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de modo variado e adequado ao contexto, às diferentes situações sociais, interessando-se em ampliar seus recursos expressivos, seu domínio da língua padrão em suas modalidades oral e escrita.


Objetivos específicos: Inserir o jovem e adulto no contexto da sociedade, valorizando sua cultura e seu conhecimento; fortalecer a importância de saber ouvir o outro, desenvolvendo o respeito mútuo e sua capacidade de interação; alfabetizar priorizando o método fonético e incluindo outros métodos (letramento, global, silábico etc.); trabalhara expressão oral desenvolvendo habilidades para emitir opiniões próprias; desenvolver capacidades mínimas de inserção na sociedade, eliminando discriminações e desenvolvendo capacidades de uso diário como, por exemplo, saber fazer o uso de seus direitos e também conhecendo seus deveres, conhecer, distinguir e saber usar diferentes textos de uso cotidiano, trabalhar diversos tipos de textos, diferentes linguagens e diversos tipos de leitura.


Conteúdo Programático: Leitura e Escrita (Alfabeto maiúsculo e minúsculo; emprego adequado de letras; montagem de palavras, sentenças e textos; identificação de ideias básicas do texto; sílabas, fonemas e grafemas; produção de diversos tipos de textos; interpretação de diversos tipos de textos; comparação e diferenciação de escritas diversas; exploração de material escrito: nomes, rótulos, textos, propagandas, entre outros; identificação de textos); Linguagem oral, verbal e não-verbal (Relato de histórias ouvidas, casos, poemas, filmes, reportagens, causos, entre outros; reprodução oral de textos diversos; atividades lúdicas; localização e identificação de rimas; leitura e análise de textos; verbalização de opiniões e comentários); Gramática (Ortografia; parição silábica;tonicidade;ordem alfabética; alfabeto móvel; jogos; pesquisas de palavras, sílabas e gravuras; quadras e poesias; classe de palavras: substantivo, adjetivos, verbos, advérbios, artigos, numerais, pronomes, entre outros.


Metodologia por etapa: Rodas de conversa, atividades em grupo e individuais, produções coletivas, exposição de trabalhos, entre outros.


Avaliação: Será satisfatório se os alunos se envolverem nas propostas e realizarem as atividades com prazer e alegria, ampliando assim seu conhecimento da Cidade, possibilitando novas aprendizagens e explorando ao máximo tudo o que pudermos nesses momentos.


Um Planejamento Anual fácil de ser desenvolvido nas séries iniciais do Ensino Fundamental Ciclo I, então leia atentamente e utilize este como base para desenvolver seu Planejamento Anual em sala de aula. Boa sorte!

Fonte:http://cantinhodaeducacaoespecial.blogspot.com.br/2012/06/lingua-portuguesa-planejamento-anual.html

Planejamento anual para Estimulação Essencial


Planejamento anual
Objetivo geral:
• Promover o desenvolvimento tais como: global: motora, sensório-perceptiva, cognitiva, comunicação, sócio-emocional e auto-cuidado. da criança aproximando-o ao máximo do normal, favorecendo a manutenção e aprimoramento das funções existentes, prevenindo vícios posturais patológicos e primando pela independência, recuperação ou adaptação em diferentes níveis.
• Através da Estimulação, busca evitar e minimizar prejuízos futuros, buscando garantir a funcionalidade humana.

Ária sensório perceptiva
Conteúdos:
• Visão
• Audição
• Tato
• Olfato
• Esquema corporal
• Percepção espacial

Objetivos:
• Promover o desenvolvimento da percepção visual, fazendo com que a visão seja instrumento de enriquecimento de experiência sensoriais em todos os campos.
• Favorecer o desenvolvimento da identificação, localização, discriminação e seleção de sons necessários para a compreensão do ambiente em que se desenvolve.
• Proporcionar oportunidades que enriquecem as sensações da criança em termos de calor de: calor, frio, dor, consistência, textura, espessura etc.
• Favorecer o Maximo o desenvolvimento de suas faculdades gustativos e olfativos como o meio, conhecimento e relação ambiente.
• Habilitar a criança na aquisição de posturas adequadas a disposição e movimento, desenvolvimento o equilíbrio, a locomoção, alem da concepção integral da imagem corporal.
• Favorecer os meios que auxiliam a adaptação e socialização no ambiente em que a criança se desenvolve favorecendo a integração em seu meio social.

Metodologia:
• Em suspiro estimular a fixação do olhar no rosto humano, usando voz suave e mímica;
• Estimular a fixação do olhar em diversos sentidos;
• Ativar brinquedos sonoros dentro de seu campo visual e fora de seu campo visual. (livrinhos estampados, animais de pelúcia, espelhos, esponjas ásperas, e macias);
• Massagear o corpo do bebe com varias texturas e temperaturas diferentes (liso áspero, espeta, acaricia macio, duro, quente, frio, etc.). (para aceitação do contato e desenvolver o tato);
• Estimular sabores diferentes e consistências de alimentos para desenvolver o paladar e aceitação de vários alimentos;
• Usar estímulos olfativos diversos, como perfumes, frutas, alimentos, desinfetantes, álcool, usando sempre termo bom ruim;
• Estimular rolar, arrastar, engatinhar, permitindo a exploração do meio ambiente colocando brinquedos da preferência da criança;
• Desenvolver atividades com brinquedos pequenos de fácil preensão, argolas, caixas de diferentes tamanhos, cubos para empilhar, bastão com argolas, pinos para encaixe, tabuleiro, objeto para puxar com barbantes, caixas com objetos semelhantes, etc.;
• Vivenciar utensílios de casa, tais como: panelinhas, colheres, xícaras, roupinha de boneca, cartela com zíper, botões, colchonetes, fivelas;
• Modificar as posições da criança quando sentadas ou deitadas: observar os bebês para descobrir em que posição fica mais ou menos confortável;
• Tocar acalantar, e massagear os bebês para que ele possa perceber a parte do corpo que não alcança sozinho.

Ária da comunicação

Conteúdos:
• Linguagem;
• Movimentos orofaciais e fortalecimento dos músculos buço-lingua;
• Ordens simples;
• Nomenclatura dos objetos;
• Esquema corporal;
• Ambiente escolar (adaptação).

Objetivos:
• Emitir sons culturais;
• Proporcionar momentos de relacionamentos;
• Atender pelo seu nome;
• Prazer em emitir sons diversos e familiares;
• Entender significado de ‘“não, dá para mim, quer”;
• Estimular movimentos de língua, lábios;
• Ações simples acompanhadas de palavras;
• Associar objeto com o nome;
• Identificar de si mesmo.

Metodologia:
• Falar suavemente com a criança, com tom de voz agradável, aproximando-se dela. Acariciá-la, pega-la, no colo, beijá-la mantendo contato com o corpo, olho no olho. Falar muito, sempre observando a reação da criança, emitir sons, renitindo sons emitidos pela criança;
• Oferecer brinquedos estimulantes para favorecer a vocalização;
• Aproveitar horas do banho, de alimentação, de brincar, manter sempre expressão de alegria facial, de agrado, interagindo com ele, fortalecendo a sensação de amor e segurança;
• Chamá-la pelo seu nome;
• Estimular a emitir sons familiares, usando sempre gestos acompanhado de palavras, estimular o “vem, estender o braço”;
• Usar sons de voz seguro quando disser não a criança;
• Pedir um brinquedo, estendendo a mão e pedir “dá pra mim”, estimulando entender a mão e emitir “dá” quando deseja um objeto;
• Pedir objetos de uso diário da criança, refletindo no espelho, dizendo o nome da mesma, segurar a mão e nomear e mostrar as outras partes do corpo;
• Livros de historia, fantoches, bonecas e bichinhos de diferentes tamanhos, quebra cabeça simples, boneco articulado, etc.



Área motora

Conteúdos:
• Evolução motora ampla: favorece a criança no desenvolvimento motor e bom equilíbrio do corpo;
• Evolução motora fina: favorece a criança na coordenação viso-motor;
• Conhecer as mãos, pegar objetos, amassar e rasgar papel, rabiscar, pintar, etc.


Objetivos:

• Apresentar movimentos não dirigidos de todas as partes do corpo;
• Descobrir as mãos;
• Desenvolver o equilíbrio da criança;
• Fixação ocultar;
• Sentar com apoio;
• Arrastar e engatilhar;
• Erguer-se com apoio nos moveis;
• Usar movimentos de pinça;
• Folhear livros e revistas;
• Desenvolver músculos nas extremidades;
• Distribuir o peso do corpo nos pés;
• Desenvolver habilidades para a marcha;
• Rolar sobre si mesmo.

Metodologia:
• Mover a cabeça, mãos e pés, estender e fechar as involuntariamente;
• Balançar as mãos da criança em sua linha de visão;
• Bater palmas segurando as mãos da criança na sua linha de visão;
• Segurar as mãos da criança dando apoio na cabeça, traciona-la para sentar;
• Voltar à posição deitada mantendo apoio a cabeça;
• Colocá-la sentada com apoio no triangulo, sofá ou cadeiras como: bebê conforto;
• Passá-lo de deitado para sentado, dando apoio nas mãos e mantendo as pernas esticadas. A criança arrastar-se, dando um ligeiro apoio nos membros inferiores;
• Estimular a erguer com apoio de moveis, a observar gravuras e relacionar o seu uso, imitir gestos, subir e descer escadas engatinhando;
• Rolar, engatinhar, andar, etc.;
• Estimular com apoio a criança, fazer movimentos de marcha, caminhar com ela respeitando os passos dela;
• Utilizar bola e rolo (grande) e fazer com que ela empurre, para estimular o equilíbrio da criança.


Área cognitiva

Conteúdos:
• Produção de sons;
• Emissão de gestos;
• Nomeação de objetos e pessoas;
• Atenção à história;
• Apontar para figuras e objetos;
• Sons onomatofericos;
• Interesse, gestos e preferências pessoais.

Objetivos:
• Fixação ocular;
• Explorar objetos;
• Encontrar objetos parcialmente escondidos;
• Reagir a estímulos interessantes;
• Desenvolver a intencionalidade golpeando objetos;
• Descobrir novas maneiras de atingir os fins desejados;
• Imitar ações e objetos;
• Resolver pequenos problemas;

Metodologia:
• Fazer com que a criança troque de olhar com dois objetos;
• Procurar fonte sonora com os olhos;
• Persecução visual de um objeto até seu ponto de desaparecimento;
• Estimular a buscar e descobrir a fonte sonora com os olhos mudando sempre a posição da criança no espaço. (sentada, deitada em decúbito ventral);
• Estimular a segurar objetos de fácil manuseio, de vários tamanhos e texturas, levá-los á boca varias vezes, explorando livremente;
• Deixar objetos de interesse de a criança cair fora do seu alcance, observando o brinquedo;
• Fazer desaparecer e aparecer brinquedos do interesse da criança, cobrindo-o com um pano, deixando aparecer um pedaço do mesmo, depois cobrir totalmente, verbalizando: “sumiu”, “achou”;
• Estimular a retirar o pano do rosto;
• Brincadeiras suaves com a criança, aproximação rosto X rosto, nariz X nariz, beijos na barriga, balançar;
• Dar dois objetos iguais nas mãos, estimular a bater um no outro, bater contra a superfície, sacudir com intenção e observar o efeito do som;
• Estimular a criança a buscar objetos longe de seu alcance usando a locomoção;
• Realizar movimentos com bater palmas, jogar beijos, dar tchau, abrir e fechar os olhos, etc.

Exercícios de articulação e respiração

Conteúdos:
• Sugar canudos graduando consistência do liquido
• Inspiração com nasale expiração em sopro em atividades lúdicas
• Sopro
• Coisas leves
• Brinquedos de sopro
• Estimulação fonética, associada às ações em atividades cotidianas.
• Estimular movimentos ativos de bater, balançar, tocar, soltar objetos e vocalizar fonemas como: boneca nana neném; avião vum, vum; martelo: pa alimento: nham, nham, tambor: bam, bam, bexiga esvaziando: ch, ch, objeto caindo: ô,ô,ô violão: boneco: eleva-lo e dizer “opa”; perfume: humm, bexiga amarrada: bater e dizer “pá”, pá, pá,vocalizar em diversas atividades para e com a criança;
• Proporcionar situações em que a criança com a voz sem interferência de outras pessoas.

Objetivos:
• Estimular órgãos fono-articulatórios, respiração, sons e palavras através de exercícios dados em forma lúdica e dirigidos, visando á preparação inicial da fala.
• Estimular compreensão de ordens cotidianas, identificação de objetos e elementos do meio-ambiente através do concreto, iniciando transferência para figuras.

Área atividade da vida diária

Conteúdos:
• Higiene pessoal
• Vespir / vestir
• Auto cuidado
• Alimentação

Objetivos:
• Controle esfincteriano e participação na higiene,
• Despir/ vestir.
• Utilizar colher e copo de forma independente.

Metodologia:
• Com ajuda parcial, utilizar a dica verbal quando é capaz de executar a atividade.
• Lavar mãos e rosto Abrir a torneira, pegar e passar sabonete nas mãos, fechar a torneira, enxugar mãos e rosto, pendurar a toalha recoloca-lo no lugar, escovar os dentes (utilizar o espelho), enxaguar a boca, lavar a escova e guardar, pentear-se o cabelo lado frente e atrás.
• Estimular a criança a tirar e por sapato, meias e roupas.
• Conduzir a criança sempre que for necessário avaliando os casos para que não tire a autonomia da mesma.
• Utilizar a cadeirinha de conforto no horário da alimentação, mostrar a criança como manusear alimento, mastigar e degustar.
• Realizar as atividades com a criança sempre dialogando

• Avaliação:

A avaliação dos conteúdos será dada de forma continua através da observação e interação em suas atitudes, comportamentos, relacionamentos com o outro e em grupo, a todo o momento, podendo o professor intervir sempre que necessário visando à formação da criança.

A estimulação essencial é:

• O atendimento prestado a partir do nascimento a criança que apresenta problemas evolutivos decorrentes de fatores orgânicos ou ambientais, por uma equipe multidisciplinar, com a participação efetiva da família, com objetivo de proporcionar o desenvolvimento integral da criança” (CENESP. 1984 p-26)

• As crianças atendidas são da faixa etária de 0 a 03 anos, ou um determinado tempo que a criança necessite deste atendimento de estimulação para acelerar o desenvolvimento, minimizando dificuldades através da utilização de métodos, técnicas e recursos especiais, incluindo numa programação curricular o mais próximo da realidade comum a todas as crianças.

http://valdirene-chanan.blogspot.com.br/2010/05/planejamento-anual-para-estimulacao.html

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

TRAMENTOS PARA O AUTISTAS

Tratamentos do AutismoOs tratamentos do autismo para o Transtorno do Espectro Autista
geralmente são programas intensos e abrangente que envolve a criança,
 a família e os profissionais, sendo indicado começar o mais cedo possível. 
Os programas de intervenção para os principais sintomas abordam as questões
 sociais, de comunicação e cognitivas centrais do autismo. 
Os objetivos do programa para o tratamentos do autismosão traçados 
de acordo com as dificuldades e habilidades da criança, sendo levada em
 conta a fase de desenvolvimento em que se apresenta. Geralmente a intervenção
 comportamental, a terapia fonoaudiológica, ocupacional e 
psicopedagógica fazem parte do programa para os tratamentos do autismo.Principais métodos de intervenção para os tratamentos do autismo:Análise do Comportamento Aplicada (ABA): técnica utilizada
 nos tratamentos do autismo para diminuir os comportamentos 
problemáticos relacionados ao autismo. O alvo é a ampliação e
 aquisição de comportamentos inexistentes no repertório; 
diminuição de comportamentos em excesso e que são inadaptativos,
 visando a construção de um repertório comportamental que se sustente
 em diferentes ambientes, com diferentes pessoas, gerando
 inclusão social, escolar e profissional para o autista. TEACCH – Treinamento e Ensino de Crianças 
com Autismo e Outras Dificuldades de Comunicação Relacionadas: 
oferece estratégias cognitivas e comportamentais nos tratamentos 
do autismo que auxiliam os professores a intervir na capacidade 
de aquisição de habilidade do aluno. O método fornece técnicas de 
organização, estruturação, repetições e treinamento, considerando pré-requisitos
 importantes para a alfabetização. O ambiente físico e social é organizado com a
 utilização de recursos visuais, para que a criança possa prever e compreender as
 atividades diárias com mais facilidade e ter reações apropriadas. 
Os programas de TEACCH são geralmente dados em uma sala de aula,
mas também podem ser feitos em casa e são usados em conjunto com 
aqueles destinados à sala de aula. Os pais trabalham com os profissionais 
como co-terapeutas para que as técnicas possam ter continuidade em casa.
 É usado por psicólogos, professores de educação especial,
 fonoaudiólogos e profissionais devidamente treinados.Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS
 – Picture Exchange Communication System): é um sistema de 
ensino que permite à criança com pouca ou nenhuma
 habilidade verbal comunicar-se usando figuras. O PECS pode ser
 usado em casa, na sala de aula ou em vários outros ambientes.
Um terapeuta, professor, pai ou mãe ajuda a criança a construir 
ocabulário e articular os desejos, observações ou sentimentos usando
 as imagens sistematicamente.Terapia fonoaudiológica: abrange uma série de técnicas e trata de 
uma gama de desafios para crianças com autismo. Por exemplo, 
alguns indivíduos não conseguem falar. Outros parecem adorar falar. 
Mas ambos podem ter dificuldade na compreensão da informação 
ou dificuldade de comunicar-se. Ostratamentos do autismo fonoaudiológico
 para crianças com autismo visa coordenar a mecânica da fala com o 
significado e valor social da linguagem. 
Dependendo da aptidão verbal do indivíduo,
 o objetivo pode ser o domínio da língua falada ou pode ser o 
aprendizado de sinais e gestos para se comunicar. Em cada caso,
 o objetivo é ajudar a pessoa a aprender a comunicar-se de forma útil e funcional.Terapia Ocupacional (TO): trabalha conjuntamente habilidades cognitivas,
 físicas e motoras. O objetivo é ajudar a pessoa
 a se tornar funcional e independente.
 Para uma criança com autismo, o foco pode ser as habilidades
 de brincar e aprender, assim como habilidades básicas para atividades 
de vida diária (ex: saber se vestir, se alimentar, se arrumar e
 usar o banheiro de forma independente e melhorar as habilidades
 sociais, motoras finas e de percepção visual).Fisioterapia: concentra-se em qualquer problema do movimento que
 cause limitações funcionais. Crianças com autismo muitas vezes têm 
dificuldades motoras, tais como dificuldades para sentar, andar, correr e pular. 
A fisioterapia também pode tratar a falta de tônus muscular, equilíbrio e coordenação.Acompanhamento psicopedagógico: busca desenvolver 
recursos para a aprendizagem, instrumentalizando com técnicas
 que o facilitem a aprender, investindo no potencial (habilidades) encontrado.

fFONTE: http://www.autismoerealidade.com.br/informe-se/sobre-o
-autismo/tratamentos-do-autismo/

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ambiente Otimizado para a Aprendizagem


Compreender a maneira como o cérebro da sua criança funciona é crucial para poder oferecer a ela uma ambiente otimizado para a aprendizagem. Abaixo apresentamos um breve resumo de alguns dos estudos sobre o cérebro de crianças com autismo. No final da página, encontram-se sugestões práticas para se implementar este conhecimento através da criação de um ambiente de aprendizado otimizado em casa.


O autismo é referido como uma desordem de espectro devido à grande variedade de sintomas presentes em pessoas com o diagnóstico. Pesquisadores, utilizando tecnologias que possibilitam o estudo da estrutura cerebral, também afirmam que os cérebros de pessoas com o diagnóstico de autismo variam vastamente de um para o outro. Por consequência, alguns cientistas têm sugerido que devemos estudar não apenas a estrutura do cérebro, mas também o mecanismo em que neurônios (células cerebrais) individuais se conectam e comunicam para que encontremos o problema de conexão neural que afete todas as pessoas com autismo. Pesquisadores têm encontrado evidências de que a maneira com que alguns neurônios são conectados no cérebro de pessoas com autismo pode levar a uma correlação baixa entre sinal e ruído.


Criança

Isto significa que muitos dos sinais que as células cerebrais estão enviando umas para as outras talvez venham acompanhados de “barulho” ou “ruído”, como a estática em um sinal de rádio. Esta é uma das explicações do porquê crianças com autismo tornariam-se hiper-estimuladas por informações sensoriais e teriam então dificuldade para escolher entre duas fontes diferentes de informação. Por exemplo, é geralmente mais difícil para uma criança com autismo conseguir ouvir o que o professor fala quando outras crianças estão fazendo barulho. Estudos analisando a eletricidade no cérebro de pessoas com autismo mostram que mesmo quando elas estão tentando ignorar certos aspectos de seu ambiente (como o barulho em uma sala de aula), seus cérebros respondem a estas informações do mesmo jeito que respondem à informação que a criança está tentando prestar atenção (como a voz do professor). O problema para muitas crianças com autismo parece ser o de “filtragem”, isto é, elas são menos capazes do que as crianças típicas de filtrar e descartar a informação sensorial que é irrelevante para o que elas estão tentando prestar atenção. Consequentemente, os cérebros daqueles com autismo dão igual valor para todos os estímulos recebidos, causando um bombardeio de informação sensorial com o qual a criança tem de lidar. Os cérebros de crianças típicas aprendem a filtrar e descartar os estímulos irrelevantes durante os primeiros anos de vida, o que possibilita que, ao começarem a frequentar a escola, consigam focar sua atenção na atividade pedida pelo professor. É muito difícil para um grande número de crianças com autismo conseguir aprender em um ambiente onde existem muitas informações sensoriais concomitantes (incluindo-se barulhos, toques, cheiros, estímulos visuais, etc.), como acontece em uma sala de aula.


Crianças com autismo estão absorvendo uma quantidade enorme de informação a todo momento; isto significa que em algum ponto elas terão que escolher entre reter ou descartar essas informações. Estudos demonstram que, em comparação com pessoas neurotípicas, as pessoas com autismo tendem a retardar este processo de “escolha”. Uma analogia para este processo seria como andar pelos corredores de um supermercado e colocar em seu carrinho uma unidade de cada item a venda para apenas depois, na chegada ao caixa, descartar o que você não quer comprar. Isto causa uma demora no processamento de estímulos. Estudos com tecnologias que permitem ver quais partes do cérebro estão sendo utilizadas durante uma tarefa confirmam que este é o fenômeno acontecendo dentro do cérebro de pessoas com autismo. Há mais atividade nas regiões do cérebro designadas para o processamento de baixa ordem (como o andar pelos corredores do supermercado) do que em regiões cerebrais especializadas para o processamento de alta ordem (passar pelo caixa e levar para casa os itens que constavam na sua lista de compras).


Talvez isto explique por que as crianças com autismo frequentemente apresentam dificuldades em áreas de processamento de alta ordem (ex: atenção, organização, linguagem, etc.). Elas passariam tanto tempo tentando lidar com a recepção de informação sensorial (baixa ordem) que acabariam não tendo tempo para praticar o processamento de alta ordem que outras crianças da mesma idade praticam. Desta forma, o cérebro da criança com autismo começaria a se desenvolver de forma diferenciada em relação ao cérebro de seu irmão com desenvolvimento típico. Há sinais de que este estilo de processamento da informação já se encontre presente na época do nascimento da criança, mesmo que os comportamentos autísticos não sejam identificados até os cerca de 18 a 24 meses de idade.


Especialistas dão a este estilo de processamento (que limita-se em parte ao processamento de baixa ordem) o nome de “ fraca coerência central”. A coerência central refere-se à habilidade de processar contextualmente a informação recebida, associando informações para se chegar a um significado do todo, geralmente às custas da memória de detalhes. Assim sendo, na fraca coerência central haveria a tendência entre aqueles com autismo de prender-se ao processamento de detalhes ao invés da visão do todo em uma situação. Por exemplo, após olhar para figuras idênticas e receberem a requisição para se lembrarem do que estava na figura, uma pessoa típica provavelmente descreveria a cena como sendo “um pôr-do-sol na floresta”, enquanto que uma pessoa com autismo poderia descrevê-la como “folhas brilhantes, luz laranja e um galho com uma balança pendurada”. Este estilo de processamento é a razão pela qual algumas pessoas com autismo, em comparação com pessoas típicas, apresentam performances superiores em certas tarefas. Uma destas tarefas é o teste da figura inserida. Como um exemplo desta tarefa, a figura de um carro seria apresentada para as pessoas. Todas conseguiriam identificar facilmente o carro. Porém, quando fosse pedido que apontassem os três triângulos na figura, as pessoas sem autismo seriam muito mais lentas do que aquelas com autismo. Isto se deve ao fato de pessoas típicas focarem rapidamente no todo da figura, não prestando tanta atenção aos detalhes. As pessoas com autismo identificariam rapidamente os triângulos por estarem acostumadas a ver o mundo através dos detalhes.


Pesquisas envolvendo pessoas com autismo, desde estudos sobre como as células cerebrais conectam-se até estudos sobre como as pessoas atuam em testes psicológicos, nos oferecem a imagem de um mundo fragmentado, sobrecarregado e tomado por “barulho” para aqueles com autismo. Esta noção é confirmada por relatos autobiográficos de pessoas com autismo. A compreensão do mundo fragmentado e sobrecarregado de uma criança com autismo nos leva a ver a importância que tem o ambiente ao seu redor na elaboração dos programas educacionais e nos tratamentos que a ela são oferecidos. Também explica a razão das crianças com autismo procurarem ordem e previsibilidade em seus ambientes físicos.


Ambientes físicos com grandes quantidades de estimulação sensorial (ex: painéis com cores fortes, barulho de fundo, etc.) aumentam o “barulho” num sistema sensorial já sobrecarregado, tornando extremamente difícil qualquer nova aprendizagem – como tentar aprender japonês dentro de um barulhento shopping center. Devido à presença de outras crianças e do tamanho do espaço físico necessário para abrigá-las, a sala de aula convencional é altamente limitada em termos de poder atender às necessidades das crianças com autismo. Até a iluminação por meio de lâmpadas fluorescentes, tão comum em salas de aula, tem sido apontada em estudos científicos como sendo um fator que afeta o comportamento de crianças com autismo. Infelizmente, estas considerações relativas ao ambiente da criança são geralmente desprezadas e têm sua importância desvalorizada quando programas educacionais são oferecidos para crianças com autismo, ou ficam além dos limites físicos e materiais das escolas convencionais.


A Criação do Ambiente

O primeiro passo para se construir um programa de tratamento para sua criança é providenciar a ela um ambiente apropriado para a sua aprendizagem. Isto geralmente significa SIMPLIFICAR! Aqui estão sugestões do que fazer:

  1. Dedique um quarto em sua casa para a criança com autismo. Pode ser o dormitório de sua criança ou um outro quarto (não muito grande, 4 X 4m é suficiente, e menor também é OK dependendo da idade da sua criança). O quarto pode até ser dedicado à criança com autismo apenas durante parte do dia (por exemplo, quando a criança compartilha um dormitório com um irmão ou irmã). Faça o melhor possível dentro da situação em que você se encontra.

  2. Remova todos os brinquedos eletrônicos do quarto escolhido. Isto inclui televisões, video-games e qualquer coisa movida a pilha (até livros falados ou cantados e objetos que acendem luzes). Estes objetos podem ser hiper-estimulantes para a criança com autismo e podem não encorajar a interação social.

  3. Crie espaço. O ideal é ter espaço aberto no quarto, como um chão livre de objetos para você brincar com sua criança. Tenha o mínimo possível de móveis neste quarto. Além disso, minimize a quantidade de brinquedos no quarto e, se possível, coloque todos eles numa prateleira ou armário.


Estes são os primeiros passos recomendados por nós para a criação de um quarto de trabalho (ou quarto de brincar/de interagir) em casa ou até em uma escola ou uma clínica. As simples medidas descritas aqui ajudarão a acalmar o sistema nervoso hiperativo de sua criança ao oferecer a ela um mundo digerível e administrável, criando-se então a fundação para oportunidades otimizadas de interações e subsequentes aprendizagens.

 

fONTE: http://www.inspiradospeloautismo.com.br/Autismo/O%20ambiente/Um%20ambiente%20de%20aprendizagem.html

COLÔNIA DE FÉRIAS NA ESCOLA OBA!


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ABA E O AUTISMO


ABA E O AUTISMO

Quando os pais recebem o diagnóstico de Autismo ou TID de seu filho, passam por momentos de dúvidas e incertezas. É normal que sintam-se "perdidos" e desorientados.

Eu costumo indicar leituras para que os pais comecem a se familiarizar com este mundo chamado "Autismo".

Sabemos que quanto antes o diagnóstico, melhores são as chances da criança desenvolver suas potencialidades, já que inicia-se logo o tratamento.

No Brasil existem alumas opções de tratamento. A abordagem que eu utilizo é ABA, ou Análise do Comportamento Aplicada, que vem da Psicologia Comportamental. É uma das abordagens mais utilizadas no mundo todo, sendo bastante comum nos Estados Unidos.

ABA tem se mostrado ser muito eficaz nos casos de Autismo, já que esta abordagem permite o ensino de novas habilidades (sociais, comunicativas, de brincar, pedagógicas e motoras), bem como a diminuição ou eliminação de comportamentos considerados problemáticos (auto e hetero agressividades, estereotipias motoras, crises de birra, etc..).

Aos poucos está se tornando mais conhecida do público, mas em Florianópolis desconheço outra terapeuta que utilize ABA também.

Tem um texto resumido muito bom da psicóloga Sabrina Helena Bandini Ribeiro, que saiu na Revista Autismo de setembro de 2010.

Vou colocá-lo aqui, pois acho que dá pra entender bem a proposta do ABA.

Podem mandar e-mail com dúvidas: gitrida@yahoo.com.br

ABA: uma intervenção comportamental eficaz em casos de Autismo.



O autismo é uma condição crônica, caracterizado pela presença de importantes prejuízos em áreas do desenvolvimento, por esta razão o tratamento deve ser contínuo e envolver uma equipe multidisciplinar (Schwartzman, 2003).

A eficácia de um tratamento depende da experiência e do conhecimento dos profissionais sobre o autismo e, principalmente, de sua habilidade de trabalhar em equipe e com a família (Bosa, 2006).



Existem vários tipos de tratamento que podem ser usados para ajudar uma criança com autismo. Independente da linha escolhida, a maioria dos especialistas ressalta que: o tratamento deve começar o mais cedo possível; as terapias devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada criança e a eficácia do tratamento deve ser medida com os avanços da criança.
Sabe-se que uma boa intervenção consegue reduzir comportamentos inadequados e minimizar os prejuízos nas áreas do desenvolvimento. Os tratamentos visam tornar os indivíduos mais independentes em todas as suas áreas de atuação, favorecendo uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com autismo e suas famílias.
Neste artigo tentarei explicar ao leitor um pouco sobre a metodologia ABA, que é usada como um método de intervenção comportamental no tratamento dos sintomas do autismo.
A análise do comportamento aplicada, ou ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês) é uma abordagem da psicologia que é usada para a compreensão do comportamento e vem sendo amplamente utilizada no atendimento a pessoas com desenvolvimento atípico, como os transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs). ABA vem do behaviorismo e observa, analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem (Lear, K., 2004)
As origens experimentais da terapia comportamental trouxeram algumas vantagens importantes ao clínico: ele foi treinado na observação de comportamentos verbais e não verbais, seja em casa, na escola e/ou no próprio consultório, o que é fonte de dados relevantes. Ele estuda o papel que o ambiente desempenha – ambiente este onde é possível interferir e verificar as hipóteses levantadas. Outra habilidade é o entendimento do que é observado como um processo comportamental, com contínuas interações e, portanto, sujeito a mudanças (Windholz, 2002).
As técnicas de modificação comportamental têm se mostrado bastante eficazes no tratamento, principalmente em casos mais graves de autismo. Para o analista do comportamento ser terapeuta significa atuar como educador, uma vez que o tratamento envolve um processo abrangente e estruturado de ensino-aprendizagem ou reaprendizagem (Windholz, 1995).
Um dos princípios básicos da ABA é que um comportamento é qualquer ação que pode ser observada e contada, com uma freqüência e duração, e que este comportamento pode ser explicado pela identificação dos antecedentes e de suas consequências. É a identificação das relações entre os eventos ambientais e as ações do organismo. Para estabelecer estas relações devemos especificar a ocasião em que a resposta ocorre, a própria resposta e as conseqüências reforçadoras (Meyer, S.B., 2003).
Estes comportamentos são motivados, de forma prazerosa. Eles têm uma função: servem para conseguir algo que se deseja.
Sabemos que todos os comportamentos de um modo geral são aprendidos, bem como os comportamentos problemas. Isso não significa que alguém intencionalmente nos ensinou a exibir este tipo de comportamento problema, apenas que aprendemos que eles são eficazes para conseguirmos o que queremos.
O método ABA pode intencionalmente ensinar a criança a exibir comportamentos mais adequados no lugar dos comportamentos problemas.
Comportamentos estão relacionados a eventos ou estímulos que os precedem (antecedentes) e a sua probabilidade de ocorrência futura está relacionada às conseqüências que os seguem.
Todo comportamento é modificado através de suas conseqüências (Moreira e Medeiros, 2007). Tentamos fazer coisas e se elas funcionam faremos novamente; quando nossas ações não funcionam é menos provável que as realizemos novamente no futuro.
Os objetivos da intervenção são:
1. Trabalhar os déficits, identificando os comportamentos que a criança tem dificuldades ou até inabilidades e que prejudicam sua vida e suas aprendizagens.
2. Diminuir a freqüência e intensidade de comportamentos de birra ou indesejáveis, como, por exemplo: agressividade, estereotipias e outros que dificultam o convívio social e aprendizagem deste indivíduo.
3. Promover o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas, adaptativas, cognitivas, acadêmicas etc.
4. Promover comportamentos socialmente desejáveis
A intervenção é baseada em uma análise funcional, ou seja, análise da função do comportamento determinante, para eliminar comportamentos socialmente indesejáveis. Este é um ponto central para entendermos qual é o propósito do comportamento problema que a criança está apresentando e, com isso, montarmos a intervenção para modificá-lo. Se o comportamento é influenciado por suas consequências, podemos manipulá-las para entendermos melhor como essa sequência se dá e também modificar os comportamentos das pessoas, programando conseqüências especiais para tal (Moreira e Medeiros, 2007).
O primeiro passo para se resolver um comportamento problema é identificar a sua função. Se não soubermos por que uma criança deve se engajar em um comportamento adequado (qual a função ou propósito), será difícil saber como devemos ensiná-la.
Pais, terapeutas e professores tendem a imaginar ou achar um motivo para o comportamento e isso incorrerá no insucesso da intervenção. A avaliação comportamental é a fase da descoberta, e visa à identificação e o entendimento de alguns aspectos relativos à criança com autismo e seu ambiente. Alguns dos objetivos da avaliação são:
  • Entender o repertório de comunicação da criança: presença ou não de linguagem funcional, contato visual, atendimento de ordens, entre outros;
  • Como ela se relaciona em seu ambiente: brinquedos preferidos, apresenta birras frequentes, como reage às pessoas;
  • Qual a função de seus comportamentos;
  • Em que circunstâncias certos problemas ocorrem ou deixam de ocorrer com maior freqüência ou intensidade?
  • Quais as conseqüências fornecidas a esses comportamentos problema?
Com base nestas informações, o segundo passo é traçar pequenos objetivos a curto prazo, visando à ampliação de habilidades e eliminação de comportamentos inadequados, realizando a manipulação dos antecedentes (estratégias de prevenção).
É importante que a modificação de comportamentos desafiadores seja feita gradualmente, sendo a redução da ansiedade e do sofrimento o objetivo principal. Isto é feito pelo estabelecimento de regras claras e consistentes (quando o comportamento não é admitido ou permitido); uma modificação gradativa; identificação de funções subjacentes, tais como ansiedade ou incerteza; modificações ambientais (mudança nas atitudes ou tornar a situação mais previsível) e transformação das obsessões em atividades adaptativas (Bosa, 2006).
Modificando os antecedentes podemos prevenir que o comportamento problema aconteça.
Isto é realizado de diferentes maneiras:
1. Evitando situações ou pessoas que sirvam como antecedentes para o comportamento problema;
2. Controlando o meio ambiente – no decorrer da vida do indivíduo o ambiente modela, cria um repertório comportamental e o mantém; o ambiente ainda estabelece as ocasiões nas quais o comportamento acontece, já que este não ocorre no vácuo (Windholz, 2002).
3. Dividindo as tarefas em passos menores e mais toleráveis, o que chamamos de aprendizagem sem erro. Toda a intervenção está baseada na aprendizagem sem erros, ou seja, deixamos de lado o histórico de fracassos e ensinamos a criança a aprender.
Esta aprendizagem deve ser prazerosa e divertida para a criança, podendo-se usar reforçadores para manter a criança motivada. Um reforço é uma conseqüência que aumenta a probabilidade de esta resposta acontecer novamente. Quando um comportamento é fortalecido, é mais provável que ele ocorra no futuro.
Além do reforço, usamos a hierarquia de dicas: quando iniciamos o ensino de qualquer comportamento, ajudamos a criança a realizá-lo com a dica necessária, que pode ser verbal (total ou parcial), física, leve, gestual, visual ou auditiva – e planejamos a retirada dessa dica até que a criança seja capaz de realizar o comportamento de maneira independente.
O terceiro passo é a elaboração de programas de ensino. Os programas de ensino são individualizados, geralmente ocorrem em situação de “um para um” e envolvem as diversas áreas do desenvolvimento: acadêmica, linguagem, social, verbal, motora, de brincar, pedagógica e atividades de vida diária.
A metodologia ABA e seus procedimentos são constantes e padronizados, o que possibilita que mais de um professor (pessoa que realiza os programas) trabalhe com a criança.
Este é um programa intensivo e deve ser feito de 20 a 30 horas por semana. É importante ressaltar que este programa não é aversivo e rejeita qualquer tipo de punição.
A participação dos familiares da criança no programa é de grande contribuição para seu sucesso e assegura a generalização e manutenção de todas as habilidades aprendidas pela criança.
Sabrina Helena Bandini Ribeiro é psicóloga, trabalha com pessoas com autismo desde 1995, é mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, especialista em Assistência Psicoprofilática em Medicina Fetal, pela Universidade Federal de São Paulo, e atende em São Paulo e Atibaia (SP), além de ser professora do curso de graduação em Psicologia da FAAT (Faculdades Atibaia) e fez parte do grupo de pesquisa sobre transtornos invasivos do desenvolvimento e avaliação neuropsicológica do Laboratório de Distúrbios do Desenvolvimento, na Universidade Presbiteriana Mackenzie. E-mail: sabandini2@yahoo.com.br

Fonte: http://www.revistaautismo.com.br/edic-o-0/aba-uma-intervenc-o-comportamental-eficaz-em-casos-de-autismo