quarta-feira, 26 de junho de 2013

A chegada de um filho deficiente.

A chegada de um filho deficiente






 

Acontecemos, porque em determinado momento todo o nosso corpo conspirou uma perfeita união celular. Somos efectivamente o resultado de um “pequeno” milagre. Milagre esse, que segundo os cientistas se deve a um longo e delicado processo evolutivo.
O nascimento de um filho é uma experiência verdadeiramente única, a qual suscita nos pais uma constelação de sentimentos que vai desde a prévia curiosidade, ansiedade, até à alegria surreal no encont
ro com o novo ser.
Mas, se por um lado, estamos preparados para lidar com um nascimento “perfeito”, certamente não estaremos, quando surge alguma “imperfeição”.
Quando o filho esperado nasce com deficiência ou malformação, assiste-se a uma dura prova para os pais, bem como a uma ameaça às suas crenças e expectativas sobre o bebé que fantasiavam e idealizavam.

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  De facto, o impacto da notícia de que um filho tem uma deficiência é algo verdadeiramente violento.
Em muitas situações, os pais sentem que o seu mundo desabou e, de repente, todo o futuro que sonhavam para a criança é colocado em causa, sendo o mesmo imprevisível e emocionalmente inimaginável. É como se se abrisse uma súbita lacuna na sua existência e simultaneamente o seu passado, repleto de esperanças e fantasias, torna-se obliterado e demasiado doloroso de recordar.

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  Essa notícia associada a todas as repercussões inerentes à própria deficiência irá atingir os pais de uma forma intensa, advindo daí a dificuldade em lidar com estas situações.

Esta é efectivamente uma questão muito delicada.
Por esta razão, neste espaço, iremos aprofundar esta temática. Tentaremos, a partir de uma reflexão, baseada na nossa experiência enquanto enfermeiras especialistas em Saúde Infantil e  Pediatria e no conhecimento de peritos na área, vos transmitir algumas ferramentas de modo a  poderem lidar de uma forma mais positiva com esta situação sendo mais efectivos nos cuidados ao vosso filho.
No meio da diferença, existe uma beleza muitas vezes invisível aos olhos, mas sensível ao coração quando este se permite a sentir.

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 Você precisa sofrer pela perda do filho perfeito desejado, de modo a apegar-se ao que agora, existe na sua vida.
Numa fase inicial, a dor, o vazio e o desamparo sentido, poderá fazer com que não esteja receptivo para o feedback positivo do relacionamento com o seu filho. Até poderá duvidar da sua capacidade amá-lo.
Não se recrimine por sentir isso. Esses sentimentos são normais quando se está numa fase de choque.
É fundamental que reconheça os seus sentimentos, dificuldades e necessidades.
No seu processo de luto pelo filho idealizado, passará por várias fases que vão desde o choque, negação, raiva, culpa até chegar à fase de aceitação e reestruturação.
Encare essas etapas como um mecanismo de defesa normal, um amortecimento necessário ao processo de reorganização.
Não se reprima e liberte os seus sentimentos junto da pessoa mais próxima. Se a sua vontade for chorar, chore.
Lembre-se que não tem culpa, da condição do seu filho.
Muitas vezes os pais deixam-se imergir num sentimento profundo de culpa. Sentem que devem ter feito algo que levasse a essa situação. Não se mutile com esses sentimentos.
Recorde-se que existem profissionais de Saúde disponíveis para o apoiar. Os mesmos poderão ajudá-lo enquanto facilitadores de informação, bem como ser catalisadores de mudanças e desenvolvimento de estratégias internas. O seu acompanhamento é fundamental para poder clarificá-lo e orientá-lo sobre as competências da criança favorecendo o seu desenvolvimento, aquisição de competências e autonomia.
O apoio destes profissionais irá ajudá-lo a adquirir uma postura pró-activa perante a deficiência do filho, conseguindo, assim, derrubar as próprias barreiras internas perante o nascimento do filho com deficiência.
Quanto mais cedo conseguir aceitar, e se adaptar à realidade ultrapassando os sentimentos   de  culpa, bem como todos os outros, mais depressa começa a investir e a estabelecer a relação com o seu filho.

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    No processo de reestruturação é fundamental haver um apoio mútuo entre os pais, de modo a poderem enfrentar juntos as adversidades futuras que poderão surgir.
Os pais que se apoiam mutuamente poderão ver a sua relação fortalecida.
 
 



 

terça-feira, 25 de junho de 2013

CONHEÇA AS CAUSAS E SINTOMAS DA DISLEXIA

Conheça as causas e sintomas da dislexia

Dislexia é um problema na escrita e na linguagem que tem afetado grande parte da população. Saiba aqui quais são os sintomas e a causa dessa doença mais comum do que pensamos.
Dislexia é um problema na escrita e na linguagem que tem afetado grande parte da população. (Foto: Divulgação)
Dislexia é um problema na escrita e na linguagem que tem afetado grande 
parte da população. (Foto: Divulgação)
Existem tantos problemas que caracterizam problemas da fala e da escrita, 
mas alguns estão se tornando mais comuns e afetando grande parte da 
população, como a dislexia. Muitos já ouviram falar, mas ainda não sabem 
quais são seus sintomas e sua causa.
A dislexia se caracteriza por uma dificuldade na área da leitura, 
escrita e soletração, normalmente identificada nas salas de 
aula durante a alfabetização,sendo comum provocar uma defasagem
 inicial de aprendizado. As pessoas disléxicas geralmente apresentam 
dificuldades na associação do som à letra, sendo comum também a troca 
de palavras ou ate mesmo escreve-las na ordem inversa. 
É um problema visual envolvendo o processamento da escrita 
no cérebro, sendo comum confundir a direita com a esquerda no 
sentido espacial, e são todos esses sintomas podem 
confundir-se com características de vários outros fatores de 
dificuldade de aprendizagem. Contudo a dislexia e as desordens 
do déficit de atenção e hiperatividade não estão relacionados
 com problemas de desenvolvimento.
A dislexia é uma condição que manifesta-se por toda a vida 
e não existe cura, apenas tratamento com fonoaudiólogas e 
outros profissionais da área da saúde. Além de haver remédios
 e estratégias de compensação que auxiliam os disléxicos a 
conviver e a superar suas dificuldades com a linguagem escrita.
Conheça as causas e sintomas da dislexia
Na teoria as causas da dislexia têm origem em uma 
malformação congênita que devem ser corrigidas 
por meio de cirurgia e tratamentos medicinais.
Sintomas da Dislexia

Atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, 
sentar e andar;
Atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio 
á pronúncia de palavras;
Parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo;
Distúrbios do sono;
Enurese noturna;
Suscetibilidade à alergias e à infecções;
Tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;
Chora muito e parece inquieta ou agitada com muita frequência;
Dificuldades para aprender a andar de triciclo;
Dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.

MISICALIZAÇÃO PROFESSORA SHEILA







domingo, 23 de junho de 2013

ATIVIDADES QUE FAZEM A DIFERENÇA!








ATIVIDADES DE ARTES



FONOAUDIOLOGIA COM KESSY



MUSICALIZAÇÃO  COM  SHEILLA

REUNIÃO COM NOSSA PSICÓLOGA FRAN


EDUCAÇÃO FÍSICA
 CULINÁRIA EDUCATIVA

DANÇA COM MIRIAN

segunda-feira, 17 de junho de 2013

SÍNDROME DE DOWN




Em um mundo de urgências, a Síndrome de Down é uma

enorme placa de PARE. ATENÇÃO!

Em tempos que tudo já vem pronto, aprendemos a esperar

pelo primeiro sorriso , a sustentação do pescoço...sentar-

se é fruto de terapias; andar requer incentivos contínuos e

falar, exige algo que não está à venda em nenhum

mercado , muita dedicação dos pais: brincando ,

tagarelando , dando bronca , conversando , ou seja, tempo

para os filhos...e enfim, ouve-se papai e mamãe e todas as

outras palavras e atitudes virão oportunamente. E não

importa se os outros carros atrás da gente, buzinarão e dirão

 que estamos lentos ,essa é a nossa velocidade ,temos um

alvo e sabemos que chegaremos lá. Nessa estrada, a palavra

 pressa foi substituída pela palavra paciência . O que é tido

por banal ,nela, ganha singular importância . A Síndrome de

 Down freia algumas expectativas , mas amar, não tem nada

a ver com expectativas . O verdadeiro amor não espera

 recompensas. O amor é um sentimento espontâneo e

altruísta que brota no nosso peito. O amor é o combustível

para longas jornadas. A Síndrome de Down não é um

fantasma...é um anjo , que veio resgatar valores! Se seu

filho não tem Síndrome de Down , mesmo assim ,

dedique - se mais a ele. Só o amor constrói homens de bem.


 ( autora desconhecida)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

INCLUIR 2013


 INCLUIR 2013 | Rio de Janeiro - Entrada Franca

 Mesa-Redonda: Direitos da Pessoa com Deficiência - 

Paulo Messina; Barbara Parente e Ulisses da Costa Batista;

Integração Sensorial como ferramenta da prática 


pedagógica 

- Bianca Fonseca;

Autismo e Gestalt-terapia - Marcio Giansante;

Qual o seu papel na Inclusão? Família, Escola e Sociedade - 


Emanoele Freitas


Mais informações e inscrições: (21) 25778691 | 32462904 


www.creativeideias.com.br

Dez coisas que todo aluno com autismo gostaria que a professora soubesse


O Aluno com Autismo Dez coisas que todo aluno com autismo gostaria que a professora soubesse
1. Comportamento é comunicação
Todo comportamento acontece por uma razão. Ele conta para você, mesmo quando as minhas palavras não podem faze-lo, como eu percebo o que está acontecendo ao meu redor. Comportamento negativo interfere no meu processo de aprendizagem. Entretanto, simplesmente interromper esses comportamentos não é suficiente; ensine-me a trocá-los por alternativas adequadas de modo que a aprendizagem real possa fluir.
Comece por acreditar nisto: eu verdadeiramente quero aprender a interagir de forma apropriada. Nenhuma criança quer receber uma bronca por comportamento negativo. Esse comportamento geralmente quer dizer que eu estou atrapalhado com sistemas sensoriais desorganizados, não posso comunicar meus desejos ou necessidades ou não entendo o que se espera de mim. Olhe além do meu comportamento para encontrar a fonte da minha resistência. Anote o que aconteceu antes do comportamento: as pessoas envolvidas, hora do dia, ambiente. Um padrão emerge depois de um período de tempo.
2. Nunca presuma nada
Sem apoio de fatos uma suposição é apenas uma suposição. Posso não saber ou não entender as regras. Posso ter ouvido as instruções mas não ter entendido. Talvez eu soubesse ontem mas não consigo me lembrar hoje. Pergunte a si mesmo:
Você tem certeza que eu realmente sei como fazer o que você está me pedindo? Se de repente eu preciso correr para o banheiro cada vez que preciso fazer uma folha de matemática, talvez eu não saiba como fazer ou tema que meu esforço não seja o suficiente. Fique comigo durante repetições suficientes da tarefa até que eu me sinta competente. Eu posso precisar de mais prática para dominar as tarefas que outras crianças.
Você tem certeza que eu realmente conheço as regras? Eu entendo a razão para a regra (segurança, economia, saúde)? Estou quebrando a regra porque há uma causa? Talvez eu tenha pego um pedaço do meu lanche antes da hora porque eu estava preocupado em terminar meu projeto de ciências, não tomei o café da manhã e agora estou morto de fome.
3. Procure primeiro por problemas sensoriais
Muitos de meus comportamentos de resistência vêm de desconforto sensorial. Um exemplo é luz fluorescente, que foi demonstrado muitas vezes ser um problema para crianças como eu. O som que ela produz é muito perturbador para minha audição supersensível e o piscar da luz pode distorcer minha percepção visual, fazendo com os objetos pareçam estar se movimentando. Uma luz incandescente ou as novas luzes econômicas na minha carteira vai reduzir o piscar. Ou talvez eu precise sentar mais perto de você; não entendo o que você está dizendo porque há muitos sons “entre nós” – o cortador de grama lá fora, a Maria conversando com a Lurdes, cadeiras arrastadas, o som do apontador.
Peça à terapeuta ocupacional da escola para dar algumas idéias sensoriais que sejam boas para todas as crianças, não só para mim.
4. Dê um intervalo para auto regulação antes que eu precise dele
Um canto quieto com carpete, algumas almofadas livros e fones de ouvido me dão um lugar para me afastar quando preciso me reorganizar sem ser distante demais que eu não possa voltar para o fluxo de atividades da classe de forma tranqüila.
5. Diga o que você quer que eu faça de forma positiva ao invés de imperativa
“Você deixou uma bagunça na pia!” é apenas a afirmação de um fato para mim. Não sou capaz de concluir que o que você realmente quer dizer é: “por favor lave a sua caneca de tinta e ponha as toalhas de papel no lixo”. Não me faça adivinhar ou ter de descobrir o que eu devo fazer.
6. Tenha uma expectativa razoável
Uma reunião de todas as crianças no ginásio de esportes e alguém falando sobre a venda de balas é desconfortável e sem significado para mim. Talvez fosse melhor eu ir ajudar a secretária a grampear o jornalzinho.
7. Ajude-me a fazer a transição entre atividades
Leva um pouco mais de tempo para eu fazer o planejamento motor de ir de uma atividade para outra. Dê-me um aviso de que faltam cinco minutos, depois dois, antes de mudar de atividade – e inclua alguns minutos extra no final para compensar. Um relógio, com o mostrador simples ou um “timer” na minha carteira pode me dar uma dica visual sobre o tempo para a próxima mudança e me ajudar a lidar com o tempo mais independentemente.
8. Não torne pior uma situação ruim
Sei que embora você seja um adulto maduro às vezes você pode tomar decisões ruins no calor do momento. Eu realmente não tenho a intenção de ter uma crise, mostrar raiva ou atrapalhar a classe de qualquer outra forma. Você pode me ajudar a encerrar mais rapidamente não respondendo com um comportamento inflamatório. Conscientize-se de que estes comportamentos prolongam ao invés de resolver a crise:
Aumentar o volume ou tom de voz. Eu escuto os gritos mas não as palavras.
Imitar ou caçoar de mim. Sarcasmo, insultos ou apelidos não me deixam sem graça e não mudam meu comportamento.
Fazer acusações sem provas.
Adotar uma medida diferente da dos outros.
Comparar com um irmão ou outro aluno.
Lembrar episódios prévios ou não relacionados.
Colocar-me em uma categoria (“crianças como você são todas iguais)”.
9. Critique gentilmente
Seja honesta – você gosta de aceitar crítica construtiva? A maturidade e auto confiança de ser capaz de fazer isso pode estar muito distante das minhas habilidades atuais. Você não deveria me corrigir nunca? Lógico que sim. Mas faça-o gentilmente, de modo que eu realmente consiga ouvir você.
Por favor! Nunca, nunca imponha correções ou disciplina quando estou bravo, frustrado, super-estimulado, ansioso, “ausente” ou de qualquer outra forma que me incapacite a interagir com você.
Lembre-se que vou reagir mais à qualidade de sua voz do que às palavras. Vou ouvir a gritaria e o aborrecimento, mas não vou entender as palavras e consequentemente não conseguirei descobrir o que fiz de errado. Fale em tom baixo e abaixe-se para falar comigo, de modo que esteja falando comigo no mesmo nível.
Ajude-me a entender o comportamento inadequado de forma que me apóie, me ajude a resolver o problema ao invés de punir ou me dar uma bronca.
Ajude-me a descobrir os sentimentos que despertaram o comportamento. Posso dizer que estava bravo mas talvez estivesse com medo, frustrado, triste ou com ciúmes. Tente descobrir mais que a minha primeira resposta.
Ajuda quando você está modelando comportamento adequado para responder à crítica.
10. Ofereça escolhas reais – e apenas escolhas reais
Não me ofereça uma escolha ou pergunte “você quer…?” a menos que esteja disposto a aceitar não como resposta. “Não” pode ser minha resposta honesta para “Você quer ler em voz alta agora?” ou “ você quer usar a tinta junto com o Pedro?” É difícil confiar em alguém quando as escolhas não são realmente escolhas.
Você aceita com naturalidade o número enorme de escolhas que faz diariamente. Constantemente escolhe uma opção sobre outras sabendo que ter escolhas e ser capaz de escolher lhe dão controle sobre sua vida e futuro. Para mim, escolhas são muito mais limitadas, e é por isso que pode ser difícil ter confiança em mim mesmo. Dar-me escolhas freqüentes me ajuda a me envolver mais ativamente na minha vida diária.
Sempre que possível, ofereça uma escolha dentro do que tenho de fazer. Ao invés de dizer: “escreva seu nome e data no alto da página” diga: você gostaria de escrever primeiro o nome ou a data? Ou “qual você gostaria de escrever primeiro: letras ou números?”. A seguir diga: “você vê como o Paulo está escrevendo o nome no papel?”
Dar escolhas me ajuda a aprender comportamento adequado, mas também preciso entender que há horas em que você não pode escolher. Quando isso acontecer, não ficarei tão frustrado se eu entender o porque:
“não posso deixar você escolher nesta situação porque é perigoso. Você pode se machucar.”
“não posso dar essa escolha porque atrapalharia o Sérgio” (teria um efeito negativo sobre outra criança).
“eu lhe dou muitas escolhas mas desta vez tem de ser a escolha do adulto.”
A última palavra: acredite. Henry Ford disse: “quer você acredite que pode ou que não pode, geralmente você está certo”. Acredite que você pode fazer uma diferença para mim. É preciso acomodação e adaptação mas autismo é um distúrbio não pré fixado. Não há limites superiores inerentes para aquisições. Posso sentir muito mais que posso comunicar e a coisa que mais posso perceber é se você acredita ou não que “eu posso”. Espere mais e você receberá mais. Incentive-me a ser tudo que posso ser, de modo que possa seguir o caminho muito depois de já ter saído de sua classe.
Por Ellen Notbohn traduzido por Heloiza Goodrich

A IMPORTANCIA DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO



A IMPORTANCIA DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO

A musica constitui um importante instrumento que pode contribuir  na aprendizagem e no desenvolvimento do ser humano, despertando para um mundo cheio de prazer, alegria, emoção e muitas satisfações.

Estar presente com a musica, para auxiliar para o desenvolvimento da mente e para todo o desenvolvimento do corpo, pois facilita a aprendizagem e também a sociabilização do mesmo. Desse modo fica evidente a importância da musicalidade no cotidiano, para o bem estar pessoal e para a formação do indivíduo.

A música segundo JEANDOT (1997, p. 12) é considerada uma linguagem universal, dividida em muitos dialetos, pois cada cultura tem sua forma de produzi-la, tocar seus instrumento e maneiras peculiares de utilizá-la.

O estudo sobre a música, se justifica pela atual necessidade de utilizar a mesma, como recurso pedagógico, uma vez que ela é uma manifestação que sempre esteve próxima á vida humana.

A afirmação de que música é para todos é comum dentro da comunidade musical mas, na prática, isso não ocorre. Muitos professores focam suas aulas somente na performance instrumental, sem reconhecer que há diferença entre as pessoas e que nem todo mundo é ou será um grande instrumentista. Sendo assim, ampliar a visão do fazer musical, é fundamental. Isso não significa abrir mão de um propósito estético, da exigência pedagógica ou da realização artística, mas, antes, ter consciência e apropriar-se das inúmeras possibilidades dentro do universo musical.

A música em suas inúmeras formas quando utilizada em sala de aula, desenvolve diferentes habilidades como: o raciocínio, a criatividade, promove a autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética, além de desenvolver a linguagem oral, a afetividade, a percepção corporal e também promover a socialização.

Neste sentido, o estudo da música pode ser uma ferramenta única para ampliação do desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, incluindo aquelas com transtornos ou disfunções do neurodesenvolvimento como o déficit de atenção, dislexia, autistas e outras áreas da educação especial. O uso da música para fins terapêuticos apoia-se na capacidade da música de evocar e estimular uma série de reações fisiológicas que fazem a ligação direta entre o cérebro emocional e o cérebro executivo. A música estimula a flexibilidade mental, a coesão social fortalecendo vínculos e compartilhamento de emoções que nos fazem perceber que o outro faz parte do nosso sistema de referência.

A música não apenas é processada no cérebro, mas afeta seu funcionamento e todo o nosso corpo. O treinamento musical e exposição prolongada à música considerada prazerosa aumentam a produção de neurotrofinas produzidas em nosso cérebro em situações de desafio, podendo determinar não só aumento da sobrevivência de neurônios como mudanças de padrões de conectividade na chamada plasticidade cerebral, trazendo assim um melhor desenvolvimento cognitivo, físico e social para o ser humano.