Um dia especial para DennisCategorias: Ação Social, camapnha, cidadania, saúde
Hoje é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, um transtorno do
desenvolvimento marcado por três características fundamentais: falta
de habilidade para interagir socialmente, dificuldade no domínio da
linguagem para comunicar-se e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros
mais leves, como a síndrome de Asperger – na qual não há comprometimento
da fala e da inteligência – até formas graves em que o paciente se mostra
incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador
de comportamento agressivo e retardo mental.
Estudos iniciais consideravam o transtorno resultado de dinâmica familiar
problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que se mostrou falsa.
A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo, entre elas, fatores genéticos e biológicos.
Dennis Isobe tem 13 anos e é autista, a doença foi descoberta quando
ele tinha três anos de idade. A desconfiança da mãe, Alessandra Hitome Isobe Galliazzi,
surgiu por conta da não interação da criança, do olhar vago e a falta
da fala. Foi então que a família que morava no Japão decidiu voltar
para o Brasil em busca de algum diagnóstico, já que os médicos do
país que moravam relatavam que o desenvolvimento tardio do Dennis era normal.
Com o tempo Dennis tem se interessado pelas
imagens e palavras, aproximando-se dos livros.
Alessandra foi em busca de neuropediatras brasileiros e logo na
primeira consulta já recebeu a notícia, naquele momento um tanto
assustadora, “mãe, seu filho é autista, não existe cura para doença
e o ideal é matriculá-lo em uma escola especial”, recomendou o médico.
“O mais importante para a família é a aceitação, depois disso o que
a criança precisa é de muito amor e carinho”, enfatiza Alessandra.
Dennis estuda em uma escola especial aqui em Maringá e
recebe toda a assistência para que desenvolva seu aprendizado diário.
A mãe conta que os avanços
acontecem de forma muito lenta, mas que são perceptíveis.
“Hoje o Dennis não usa mais fralda porque na escola
aprendeu a usar o banheiro, aos poucos ele também já toma
banho e se alimenta praticamente sozinho”.
Maria Pereira Nunes é professora do Dennis e trabalha há 23 anos com
crianças especiais. Ela relata que ele é um menino muito carinhoso e o
conhece desde os quatro anos de idade. “O Dennis presta a atenção
e entende tudo o que a gente fala. Antes era muito agitado, não parava
no lugar, hoje ele já realiza as atividades que lhe são solicitadas,
consegue se entreter com os desenhos que passam na
televisão e ainda, para a alegria das professoras, já está folheando revistas”.
Contrariando diagnósticos, Dennis surpreende a todos buscando outras
crianças para brincar e até usa carrinhos ou outros tipos de brinquedos para se divertir.
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