Nossa instituição atende deficiências intelectuais, comportamentais e físicas. OFERECEMOS: Capoeira, musicoterapia, culinária educativa, informática, teatro, dança Educação física, natação, hidroterapia, alfabetização com métodos avançados. Fisioterapia, Fonoaudiologia e natação. Av: Dr. Gastão Vidigal N° 1111. (44) 3346-2022 - 99912-0637 Bairro Aeroporto MARINGÁ- PR. E-MAIL. escolataniar@gmail.com
sábado, 30 de julho de 2011
DICAS DE LEMBRANÇAS PARA O DIA DOS PAIS.
fonte de minha amiga criativa
http://pragentemiuda.blogspot.com/2011/07/cartoes-em-origami-para-dia-dos-pais.html
As pessoas com deficiência mental e autismo são capazes de crescer, aprender e desenvolver-se. Com a ajuda adequada, as crianças com deficiência mental e autismo podem viver de forma satisfatória a sua vida adulta.
Incentive o seu filho a ser independente. Por exemplo, ajude-o a aprender competências de vida diária, tais como: vestir-se, comer sozinho, tomar banho, arranjar-se para sair.
Atribua-lhe tarefas próprias e de responsabilidade. Tenha sempre em mente a sua idade real, a sua capacidade para manter-se atento e as suas competências. Divida as tarefas em passos pequenos. Por exemplo, se a tarefa do seu filho é a de pôr a mesa, peça-lhe primeiro que escolha o número apropriado de guardanapos; depois, peça-lhe que coloque cada guardanapo no lugar de cada membro da família. Se for necessário, ajude-o em cada passo da tarefa. Nunca o abandone numa situação em que não seja capaz de a realizar com sucesso. Se ele não conseguir, demonstre como deve ser. Elogie o seu filho sempre que consiga resolver um problema. Não se esqueça de o elogiar também quando o seu filho se limita a observar a forma como se pode resolver a tarefa: ele também realizou algo importante, esteve consigo para que as coisas corram melhor no futuro.
Procure saber quais são as competências que o seu filho está aprendendo na escola. Encontre formas de aplicar essas competências em casa. Por exemplo, se o professor está ensinando a usar o dinheiro, leve o seu filho ao supermercado. Ajude-o a reconhecer o dinheiro necessário para pagar as compras. Explique e demonstre sempre como se faz, mesmo que a criança pareça não perceber. Não desista, nem deixe nunca o seu filho numa situação de insucesso, se o puder evitar.
Procure oportunidades na sua comunidade para que ele possa participar de atividades sociais, por exemplo “Os Escoteiros”, os clubes de recreio e de desporto. Isso o ajudará a desenvolver competências sociais e a divertir-se.
Fale com outros pais que tenham filhos com deficiência mental ou autismo. Os pais podem partilhar conselhos práticos e apoio emocional.
Aprenda tudo o que puder sobre deficiência mental e autismo. Procure quem o possa aconselhar na busca de bibliografia adequada.
Reconheça que o seu empenho pode fazer uma grande diferença na vida de um aluno com atraso mental. Procure saber quais são as potencialidades e interesses do aluno e concentre todos os seus esforços no seu desenvolvimento. Proporcione oportunidades de sucesso.
Participe ativamente na elaboração do Plano Educativo do aluno. Este plano contém as metas educativas, que se espera que o aluno venha a alcançar, e define responsabilidades da escola e de serviços externos para a boa condução do plano.
Seja tão concreto quanto possível. Demonstre o que pretende dizer. Não se limite a dar instruções verbais. Algumas instruções verbais devem ser acompanhadas de uma imagem de suporte. Mas também não se limite a apoiar as mensagens verbais com imagens. Sempre que necessário e possível, proporcione ao aluno materiais e experiências práticas e sobretudo a oportunidade de experimentar as coisas.
Divida as tarefas novas em passos pequenos. Demonstre como se realiza cada um desses passos. Proporcione ajuda, na justa medida da necessidade do aluno. Não deixe que o aluno abandone a tarefa numa situação de insucesso. Se for necessário, solicite ao aluno que seja ele a ajudar o professor a resolver o problema. Partilhe com o aluno o prazer de encontrar uma solução.
Acompanhe a realização de cada passo de uma tarefa com comentários imediatos e úteis para o prosseguimento da atividade.
Desenvolva no aluno competências de vida diária, competências sociais e de exploração e consciência do mundo envolvente. Incentive o aluno a participar de atividades de grupo e nas organizações da escola.
Trabalhe com os pais para elaborar e levar a cabo um plano educativo que respeite as necessidades do aluno. Partilhe regularmente informações sobre a situação do aluno na escola e em casa.
A maior parte dos alunos necessita de apoio para o desenvolvimento de competências adaptativas, necessárias para viver, trabalhar e divertir-se na comunidade.
Algumas destas competências incluem:
- a comunicação com as outras pessoas;
- satisfazer necessidades pessoais (vestir-se, tomar banho);
- participar na vida familiar (pôr a mesa, limpar o pó, cozinhar);
- competências sociais (conhecer as regras de conversação, portar-se bem em grupo, jogar e divertir-se);
- saúde e segurança;
- leitura, escrita e matemática básica;
- e, à medida que vão crescendo, competências que ajudarão a crianças na transição para a vida adulta.
87% das crianças com deficiência mental ou autismo só serão um pouco mais lentas do que a maioria das outras crianças na aprendizagem e aquisição de novas competências. Muitas vezes é mesmo difícil distingüí-las de outras crianças com problemas de aprendizagem sem atraso mental, sobretudo nos primeiros anos de escola.
O que distingue umas das outras é o fato de a criança com atraso mental não deixar de realizar e consolidar aprendizagens, mesmo quando ainda não possui as competências adequadas para as integrar harmoniosamente no conjunto dos seus conhecimentos. Daqui resulta, não um atraso simples que o tempo e a experiência ajudarão a compensar, mas um processo diferente de compreender o mundo.
Essa diferente compreensão do mundo não deixa, por isso, de ser inteligente e mesmo muito adequada à resolução de inúmeros problemas do quotidiano. É possível que as suas limitações não sejam muito visíveis nos primeiros anos da infância. Mais tarde, na vida adulta, pode também acontecer que consigam levar uma vida bastante independente e responsável. Nessa altura, não lhes sendo impostas grandes exigências ao nível do funcionamento mental e do funcionamento adaptativo, também pode acontecer que muitas pessoas que se cruzam com pessoas com deficiência ou autismo não detectem as suas limitações. Na verdade, as limitações só serão visíveis em função das tarefas que lhes sejam pedidas.
Os restantes 13% terão muito mais dificuldades na escola, na sua vida familiar e comunitária. Uma pessoa com atraso mais severo necessitará de um apoio mais intensivo durante toda a sua vida.
Texto adaptado para publicação no site do Instituto Indianópolis
http://www.indianopolis.com.br/si/site/1151?idioma=portugues
Autismo, tratamento e educação
Ambiente Otimizado para a Aprendizagem
Compreender a maneira como o cérebro da sua criança funciona é crucial para poder oferecer a ela uma ambiente otimizado para a aprendizagem. Abaixo apresentamos um breve resumo de alguns dos estudos sobre o cérebro de crianças com autismo. No final da página, encontram-se sugestões práticas para se implementar este conhecimento através da criação de um ambiente de aprendizado otimizado em casa.
O autismo é referido como uma desordem de espectro devido à grande variedade de sintomas presentes em pessoas com o diagnóstico. Pesquisadores, utilizando tecnologias que possibilitam o estudo da estrutura cerebral, também afirmam que os cérebros de pessoas com o diagnóstico de autismo variam vastamente de um para o outro. Por consequência, alguns cientistas têm sugerido que devemos estudar não apenas a estrutura do cérebro, mas também o mecanismo em que neurônios (células cerebrais) individuais se conectam e comunicam para que encontremos o problema de conexão neural que afete todas as pessoas com autismo. Pesquisadores têm encontrado evidências de que a maneira com que alguns neurônios são conectados no cérebro de pessoas com autismo pode levar a uma correlação baixa entre sinal e ruído.
Crianças com autismo estão absorvendo uma quantidade enorme de informação a todo momento; isto significa que em algum ponto elas terão que escolher entre reter ou descartar essas informações. Estudos demonstram que, em comparação com pessoas neurotípicas, as pessoas com autismo tendem a retardar este processo de “escolha”. Uma analogia para este processo seria como andar pelos corredores de um supermercado e colocar em seu carrinho uma unidade de cada item a venda para apenas depois, na chegada ao caixa, descartar o que você não quer comprar. Isto causa uma demora no processamento de estímulos. Estudos com tecnologias que permitem ver quais partes do cérebro estão sendo utilizadas durante uma tarefa confirmam que este é o fenômeno acontecendo dentro do cérebro de pessoas com autismo. Há mais atividade nas regiões do cérebro designadas para o processamento de baixa ordem (como o andar pelos corredores do supermercado) do que em regiões cerebrais especializadas para o processamento de alta ordem (passar pelo caixa e levar para casa os itens que constavam na sua lista de compras).
Talvez isto explique por que as crianças com autismo frequentemente apresentam dificuldades em áreas de processamento de alta ordem (ex: atenção, organização, linguagem, etc.). Elas passariam tanto tempo tentando lidar com a recepção de informação sensorial (baixa ordem) que acabariam não tendo tempo para praticar o processamento de alta ordem que outras crianças da mesma idade praticam. Desta forma, o cérebro da criança com autismo começaria a se desenvolver de forma diferenciada em relação ao cérebro de seu irmão com desenvolvimento típico. Há sinais de que este estilo de processamento da informação já se encontre presente na época do nascimento da criança, mesmo que os comportamentos autísticos não sejam identificados até os cerca de 18 a 24 meses de idade.
Pesquisas envolvendo pessoas com autismo, desde estudos sobre como as células cerebrais conectam-se até estudos sobre como as pessoas atuam em testes psicológicos, nos oferecem a imagem de um mundo fragmentado, sobrecarregado e tomado por “barulho” para aqueles com autismo. Esta noção é confirmada por relatos autobiográficos de pessoas com autismo. A compreensão do mundo fragmentado e sobrecarregado de uma criança com autismo nos leva a ver a importância que tem o ambiente ao seu redor na elaboração dos programas educacionais e nos tratamentos que a ela são oferecidos. Também explica a razão das crianças com autismo procurarem ordem e previsibilidade em seus ambientes físicos.
Ambientes físicos com grandes quantidades de estimulação sensorial (ex: painéis com cores fortes, barulho de fundo, etc.) aumentaram o “barulho” num sistema sensorial já sobrecarregado, tornando extremamente difícil qualquer nova aprendizagem – como tentar aprender japonês dentro de um barulhento shopping center. Devido à presença de outras crianças e do tamanho do espaço físico necessário para abrigá-las, a sala de aula convencional é altamente limitada em termos de poder atender às necessidades das crianças com autismo. Até a iluminação por meio de lâmpadas fluorescentes, tão comum em salas de aula, tem sido apontada em estudos científicos como sendo um fator que afeta o comportamento de crianças com autismo. Infelizmente, estas considerações relativas ao ambiente da criança são geralmente desprezadas e têm sua importância desvalorizada quando programas educacionais são oferecidos para crianças com autismo, ou ficam além dos limites físicos e materiais das escolas convencionais.
O primeiro passo para se construir um programa de tratamento para sua criança é providenciar a ela um ambiente apropriado para a sua aprendizagem. Isto geralmente significa SIMPLIFICAR! Aqui estão sugestões do que fazer:
- Dedique um quarto em sua casa para a criança com autismo. Pode ser o dormitório de sua criança ou um outro quarto (não muito grande, 4 X 4m é suficiente, e menor também é OK dependendo da idade da sua criança). O quarto pode até ser dedicado à criança com autismo apenas durante parte do dia (por exemplo, quando a criança compartilha um dormitório com um irmão ou irmã). Faça o melhor possível dentro da situação em que você se encontra.
- Remova todos os brinquedos eletrônicos do quarto escolhido. Isto inclui televisões, video-games e qualquer coisa movida a pilha (até livros falados ou cantados e objetos que acendem luzes). Estes objetos podem ser hiper-estimulantes para a criança com autismo e não encorajam a interação social.
- Crie espaço. O ideal é ter espaço aberto no quarto, como um chão livre de objetos para você brincar com sua criança. Tenha o mínimo possível de móveis neste quarto. Além disso, minimize a quantidade de brinquedos no quarto e, se possível, coloque todos eles numa prateleira ou armário.
Estes são os primeiros passos recomendados por nós para a criação de um quarto de trabalho (ou quarto de brincar/de interagir) em casa ou até em uma escola ou uma clínica. As simples medidas descritas aqui ajudarão a acalmar o sistema nervoso hiperativo de sua criança ao oferecer a ela um mundo digerível e administrável, criando-se então a fundação para oportunidades otimizadas de interações e subsequentes aprendizagens.
(As informações apresentadas nesta página fazem parte do artigo “Research Supporting The Son-Rise Program”, escrito por Kat Houghton e publicado no site do The Autism Treatment Center of America em www.autismtreatmentcenter.org)
Fonte: www.indianopolis.com.b
terça-feira, 26 de julho de 2011
DICAS DE LEMBRANÇAS PARA O DIA DOS PAIS
CARTÃO
BLOCO DE ANOTAÇÕES
PORTA CANETA
http://sillovinho.blogspot.com/2010/07/dia-dos-pais.html
segunda-feira, 25 de julho de 2011
PROJETO PRIMAVERA.
Projeto Primavera:
JUSTIFICATIVA: Vivenciar a alegria da estação com a presença multicolorida das flores, levando a criança a contemplar as suas maravilhas e o bem-estar que a convivência da natureza proporciona.
OBJETIVOS:
Trabalhar a percepção tátil, a coordenação motora fina e grossa, as linhas, as cores, os aromas, as medidas, os numerais, formas, texturas e as conseqüências.
Despertar o interesse pela preservação do meio ambiente, assim como as formas de vida e sua sobrevivência.
Observar o meio natural (Fotossíntese), desenvolvendo a curiosidade e a prática investigativa de cada criança.
CONTEÚDO:
Atividades orais e escritas;
Plantio de diferentes mudas;
Floreira;
Jogos: Quebra Cabeça, Jogo da Memória, Dominó e Bingo de Flores;
Brincadeiras;
Músicas e Danças;
Móbiles;
Culinária (apresentação de chá);
Pinturas, Dobraduras e Recortes;
Matérias recicláveis (sucatas);
Histórias com fantoches;
Confecção de livros;
Técnicas de pintura;
Máscaras de flores trabalhadas;
Argila;
Massinha de modelar;
Confecção de esculturas em flores;
Painéis;
Parlendas; Contos; Adivinhas; Trava-língua; Poemas; Rimas;
Exposição de telas – Juscelino Soares (Girassol);
Passeio à floricultura – Rosa de Sharon.
MATERIAS UTILIZADOS:
Papéis (sulfite, cartolina, color set, jornal, bubina, crepom, laminado).
Palitos de churrasco; Garfinhos de madeira.
Sucatas (garrafa pet de diferentes cores e tamanhos; tampinhas de plásticos).
Tesoura com ponta arredondada, cola branca e colorida, lápis de cor, giz de cera, giz de lousa, régua, gliter.
Agulha de costura, fio de náilon, barbante, fita adesiva transparente, botão, pincel, E.V.A. tela.
Sementes e mudas.
CULMINÂNCIA: Exposição da mini floricultura (natural e artificial), degustação de chá.
AVALIAÇÃO: Avaliação continua; Coletivo: plantações e passeio; Grupos: (meninos/meninas), atividades desenvolvidas em sala de aula.
BIBLIOGRAFIA:
- Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - Ministério da Educação e Deporto. Brasília, 1998.
- Revista Nova Escola – Setembro 2006.
- Revista: Guia Pratico para Professoras da Educação Infantil.
- Projetos Escolares – Educação Infantil.
- Com a voz da Eliana tem a música Primavera e também um pout-pourri das canções a Cigarra e a Formiga, As Estações, e Lá vem o Sol. ( Algumas crianças podem estar vestidas com asas de borboletas confeccionadas por elas próprias e outras com flores )
- No CD Arca de Noé tem uma linda canção denominada Girassol cantada pela Jane Duboc - também é uma opção. ( Uma coreografia com os alunos vestidos de girassol )
- A montagem de um painel da seguinte maneira: cada dia um elemento da natureza: flor, uma arara, uma borboleta e assim sucessivamente... todos os alunos executam o trabalho artistico e cada dia um irá para o painel. Se for possível, associar uma música a cada elemento que for exposto. Importante que haja a participação de todos os alunos.
- Lembrancinha: Um copinho de gelatina ou de refrigerante recheado de jujubas com uma plaquinha em forma de flor desejando feliz primavera - é simpático e as crianças amam.
- Plantar sementes de flores na escola e dar de lembrança um vasinho pequeno com um saquinho de terra e flores para as criancas montarem como pais em casa também.
- Para os maiores: O dia que marca o início da primavera é muito especial. A duração do dia, parte clara, e da noite é a mesma. A partir dai as noites serão cada vez menores e o clima se torna mais quente. Observar pode ser uma atividade interessante.
Marcador de Livros:
FONTE: http://cantinhoalternativo.blogspot.com/search/label/projetos
domingo, 24 de julho de 2011
DICAS DE LEMBRANÇAS PARA O DIA DOS PAIS
Chinelos de E.V.A.
FONTE:
http://adrianaartesanatoemeva.blogspot.com/search/label/Porta%20retrato
sábado, 23 de julho de 2011
UMA LINDA LEMBRANÇA O PARA O DIAS DOS PAIS.
DICAS OFICINA CRIATIVA.
http://jacirinha.blogspot.com/2007/06/lembrancinha-para-o-dia-dos-pais.html
Formas criativas para estimular a mente de alunos com deficiência
Formas criativas para estimular a mente de alunos com deficiência
O professor deve entender as dificuldades dos estudantes com limitações de raciocínio e desenvolver formas criativas para auxiliá-los
Mas por onde começar quando a deficiência é intelectual? Melhor do que se prender a relatórios médicos, os educadores das salas de recurso e das regulares precisam entender que tais diagnósticos são uma pista para descobrir o que interessa: quais obstáculos o aluno enfrentará para aprender - e eles, para ensinar.
A importância do foco nas explicações em sala de aula
O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas - em Geografia, por exemplo, ele pode exercitar a mente traçando no ar com o dedo o contorno de uma planície, planalto, morro e montanha. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse caso, o estudo das formas geométricas poderia vir acompanhado de uma atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo e o círculo.
A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. "A própria sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar", comenta Maria Tereza, da Unicamp.
Escrita significativa e muito bem ilustrada
A professora Andréia Cristina Motta Nascimento é titular da sala de recursos da EM Padre Anchieta, em Curitiba, onde atende estudantes com deficiência intelectual. Este ano, desenvolve com eles um projeto baseado na autoidentificação - forma encontrada para tornar o aprendizado mais significativo. A primeira medida foi pedir que trouxessem fotos, certidão de nascimento, registro de identidade e tudo que poderia dizer quem eram. "O material vai compor um livro sobre a vida de cada um e, enquanto se empolgam com esse objetivo, eu alcanço o meu, que é ensiná-los a escrever", argumenta a educadora.
Quem não se comunica... pode precisar de interação
Outra característica da deficiência intelectual que pode comprometer o aprendizado é a dificuldade de comunicação. A inclusão de músicas, brincadeiras orais, leituras com entonação apropriada, poemas e parlendas ajuda a desenvolver a oralidade. "Parcerias com fonoaudiólogos devem ser sempre buscadas, mas a sala de aula contribui bastante porque, além de verbalizar, eles se motivam ao ver os colegas tentando o mesmo", explica Anna, da Unesp.
Essa limitação, muitas vezes, camufla a verdadeira causa do problema: a falta de interação. Nos alunos com autismo, por exemplo, a comunicação é rara por falta de interação. É o convívio com os colegas que trará o desenvolvimento do estudante. Para integrá-lo, as dicas são dar o espaço de que ele precisa mantendo sempre um canal aberto para que busque o educador e os colegas.
Para a professora Sumaia Ferreira, da EM José de Calazans, em Belo Horizonte, esse canal com Vinicius Sander, aluno com autismo do 2º ano do Ensino Fundamental, foi feito pela música. O garoto falava poucas palavras e não se aproximava dos demais. Sumaia percebeu que o menino insistia em brincar com as capas de DVDs da sala e com um toca-CD, colocando músicas aleatoriamente. Aos poucos, viu que poderia unir o útil ao agradável, já que essas atividades aproximavam o menino voluntariamente. Como ele passou a se mostrar satisfeito quando os colegas aceitavam bem a música que escolheu, ela flexibilizou o uso do aparelho e passou a incluir músicas relacionadas ao conteúdo. "Vi que ele tem uma memória muito boa e o vocabulário dele cresceu bastante. Por meio dos sons, enturmamos o Vinicius."
Anna Augusta Sampaio de Oliveira
EMEF Professor Henrique Pegado, R. Itapiruna, 131, 03757-050, São Paulo, SP, tel. (11) 2544-4008
EM José de Calazans, R. Sebastião Santana Filho, 111, 31930-070, Belo Horizonte, MG, tel. (31) 3277-9028
EM Padre Anchieta, R. Daniel Mikovski, 191, 81320-140, Curitiba, PR, tel. (41) 3245-8836
Maria Tereza Eglér Mantoan
BIBLIOGRAFIA
Leitura e Escrita no Contexto da Diversidade, Ana Cláudia Lodi, 112 págs., Ed. Mediação, tel. (51) 3330-8105, 32 reais .